Acordo de $69B entre Microsoft e Activision Direitos de Streaming vão para a Ubisoft em busca de aprovação do regulador

$69B agreement between Microsoft and Activision. Streaming rights go to Ubisoft, pending regulator approval.

A Microsoft ainda está tentando obter a aprovação de sua aquisição de US$ 69 bilhões do editor de jogos Activision Blizzard pelos reguladores do Reino Unido e dos Estados Unidos. Para ajudar a obter a luz verde, o fabricante do Xbox fez um acordo único com outro grande editor de jogos, a Ubisoft.

De acordo com um comunicado da Microsoft, os direitos de streaming em nuvem para jogos da Activision Blizzard serão transferidos para a Ubisoft para o serviço de assinatura do editor. Isso significa que, pelos próximos 15 anos, os jogos atuais e novos da Activision estarão disponíveis para streaming em nuvem por meio dos serviços da Ubisoft. Isso incluiria o serviço Ubisoft Plus do editor, que está disponível no PC, Xbox, Playstation e Amazon Luna.

A Microsoft ainda terá jogos da Activision Blizzard em seu Xbox Cloud Gaming, mas esses títulos não serão mais exclusivos para as plataformas de streaming da empresa.

A Microsoft revelou pela primeira vez planos para adquirir a Activision em janeiro de 2022. O fechamento do acordo transformaria a Microsoft, fabricante do Xbox, em um dos três principais editores de jogos de vídeo, logo atrás da rival Sony. A Activision Blizzard é um dos maiores editores terceirizados, com algumas franquias importantes que dariam um impulso muito necessário ao catálogo de jogos da Microsoft, incluindo Call of Duty, Candy Crush e Overwatch.

18 de outubro é a data que a Microsoft marcou para finalizar seu acordo com a Activision. As duas empresas alteraram o prazo para outubro a partir da data original de 18 de julho, permitindo mais tempo para obter a aprovação dos reguladores. Se o acordo não for concluído, há uma taxa de rescisão, ou “quebra”, que deve ser paga pela Microsoft à Activision. A taxa é de US$ 3 bilhões, mas aumenta para US$ 3,5 bilhões em 29 de agosto e, em seguida, para US$ 4,5 bilhões se o acordo não for concluído até 15 de setembro.

Embora a Microsoft tenha vencido algumas batalhas relacionadas a fusões, ainda há obstáculos a serem superados. Aqui está o que você precisa saber sobre o acordo e o que isso significa para os jogadores.

Quem ainda precisa aprovar o acordo?

A Microsoft ainda precisa convencer os reguladores britânicos a autorizar a aquisição. Em abril, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido bloqueou o acordo de US$ 69 bilhões, afirmando que resultaria em preços mais altos e menos escolhas para os jogadores.

O recurso da Microsoft contra essa decisão diz que a Autoridade de Concorrência e Mercados “cometeu erros fundamentais em seu cálculo e avaliação de dados de participação de mercado para serviços de jogos em nuvem, ao não levar em conta as restrições dos jogos nativos (em que os jogadores acessam jogos instalados em seus dispositivos por meio de download digital ou disco físico)”. Este último acordo com a Ubisoft é a tentativa da Microsoft de abordar as preocupações anticompetitivas que a Autoridade de Concorrência e Mercados ainda pode ter.

Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio se opôs ao acordo, afirmando que a aquisição prejudicaria a concorrência na indústria de jogos de vídeo. Mas, até agora, seus desafios têm sido mal sucedidos.

Um juiz federal no início de julho se recusou a emitir uma liminar preliminar que teria pausado o acordo. A Comissão Federal de Comércio estava tentando interromper temporariamente a fusão até que um processo administrativo interno separado fosse concluído. Agora, a Comissão Federal de Comércio supostamente planeja suspender esse caso interno. No passado, a Comissão Federal de Comércio desistiu da oposição a acordos se um juiz federal se recusou a conceder uma liminar.

A Microsoft continuou a negar que o acordo prejudicaria a concorrência na indústria de jogos de vídeo. Já recebeu aprovação da União Europeia, China, Japão e outros países importantes.

O que esse acordo significa para os jogadores?

Para os assinantes do Xbox Game Pass, uma fusão significaria que o catálogo de jogos da Activision Blizzard seria incorporado ao serviço, provavelmente de forma semelhante ao que aconteceu com os jogos da Bethesda quando a Microsoft adquiriu essa empresa em 2020.

Como os jogadores que não possuem um Xbox e, em vez disso, usam um console Sony PlayStation ou Nintendo Switch seriam afetados é menos claro.

Os críticos do acordo estão preocupados que a Microsoft possa tornar futuros jogos desenvolvidos pela Activision indisponíveis em consoles concorrentes, embora o acordo com a Ubisoft ofereça uma maneira de trazer os jogos da Activision para a plataforma PlayStation por meio do Ubisoft Plus.

Grande parte da preocupação envolve o Call of Duty da Activision, que é um dos jogos mais vendidos todos os anos. A Microsoft já concordou com um acordo de 10 anos com a Nintendo para trazer jogos Call of Duty para seus consoles, mas a Sony supostamente rejeitou um acordo semelhante quando lhe foi apresentado no ano passado. No entanto, o chefe do Xbox, Phil Spencer, disse em 16 de julho que a Microsoft e a Sony concordaram com um “acordo vinculativo” de 10 anos para manter o Call of Duty na plataforma PlayStation. Não está claro se o novo acordo diferiu do que a Microsoft ofereceu à Sony no ano passado.

No início deste ano, a Microsoft fez um acordo de 10 anos com a Nvidia para garantir que a plataforma de jogos em nuvem GeForce Now da Nvidia continue tendo acesso a jogos tanto da Microsoft quanto da Activision.

A Microsoft está utilizando esses acordos com seus concorrentes para mostrar aos reguladores que não haverá falta de concorrência na indústria de jogos de vídeo.