EUA absolvem Israel em ataque de hospital em Gaza enquanto Biden visita

EUA isenta Israel do ataque a hospital em Gaza durante visita de Biden

A Casa Branca afirmou na quarta-feira que sua avaliação de inteligência atual é de que Israel não foi “responsável” pelo ataque mortal ao Hospital al-Ahli em Gaza, que matou 471 pessoas na terça-feira.

De acordo com um artigo do The Washington Post de 18 de outubro, a declaração foi feita após o presidente Biden visitar Israel e afirmar que autoridades de defesa dos EUA apresentaram a ele dados classificados que sugerem que o ataque não foi originado de Israel, mas sim do “outro time”.

Biden não forneceu mais detalhes sobre a natureza da inteligência ou como as agências dos EUA chegaram a essa conclusão. Mais cedo durante sua viagem, ele abraçou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de Israel e observou que os dados indicavam que “foi feito pelo outro time, não por você”. Autoridades palestinas responsabilizaram firmemente Israel pela realização do ataque devastador.

O bombardeio ao Hospital al-Ahli levantou séria preocupação internacional sobre uma potencial escalada

O bombardeio ao Hospital al-Ahli levantou séria preocupação internacional sobre uma potencial escalada, com o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, afirmando que o perpetrador tem “muito a responder”. Na quarta-feira, Biden deveria inicialmente se encontrar com Netanyahu e os líderes da Jordânia, Egito e Autoridade Palestina para discutir a desescalada do conflito. No entanto, a cúpula regional foi interrompida repentinamente após o ataque e a incerteza sobre quem foi responsável.

Durante sua visita amplamente assistida a Israel, o presidente Biden anunciou um pacote de ajuda “sem precedentes” que inclui US$ 100 milhões em assistência humanitária para palestinos em Gaza e na Cisjordânia. O acordo também facilita a entrega de ajuda humanitária urgente em Gaza do Egito através da fronteira de Rafah, que havia sido recentemente fechada devido às tensões exacerbadas.

A situação em Gaza está se tornando cada vez mais grave, pois a infraestrutura elétrica danificada está causando apagões e deixando a maioria dos moradores com acesso limitado à eletricidade, água e outros serviços básicos devido a um bloqueio israelense em curso. Os hospitais estão lutando para lidar com o grande número avassalador de feridos.

O aumento do número de mortes reflete a intensidade dos combates desde o início da violência neste mês. Em Israel, pelo menos 1.400 pessoas foram mortas e mais de 4.500 ficaram feridas desde 7 de outubro, quando o grupo militante Hamas desencadeou uma série sem precedentes de foguetes de Gaza contra Israel. O Hamas afirmou que o ataque era em resposta aos confrontos entre a polícia israelense e os palestinos em Jerusalém.

Em Gaza, autoridades de saúde dizem que 3.478 palestinos morreram e mais de 12.500 ficaram feridos na campanha aérea israelense contra o Hamas e outros grupos armados. Acredita-se também que o Hamas esteja mantendo entre 200 e 250 reféns, segundo estimativas de um porta-voz da ala militar do Hamas.

O Departamento de Estado dos EUA alertou os americanos para não viajarem ao vizinho Líbano, devido à possibilidade de uma ampla escalada regional do conflito. Pelo menos 31 cidadãos americanos estão mortos, e 13 ainda estão desaparecidos em Gaza e Israel.

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