Como encontrar o equilíbrio entre a segurança de dados e a proatividade da privacidade?

Equilibrar segurança de dados e privacidade proativa.

As preocupações com a segurança têm ganhado destaque nos últimos anos. A Apple, conhecida pelo seu compromisso com a privacidade do usuário, estabeleceu um precedente que muitos estão seguindo. O Google, também, tem sido proativo, lançando atualizações para reforçar as medidas de privacidade.

Para as empresas que navegam nesse cenário, o desafio é duplo: garantir que os dados dos clientes permaneçam inalterados e ao mesmo tempo respeitar os direitos dos usuários, especialmente ao utilizar os dados do usuário para publicidade personalizada.

Então, como as empresas encontram esse equilíbrio delicado à medida que a indústria evolui? Na AdTech Holding, uma empresa profundamente envolvida em diversos projetos, incluindo redes de anúncios, eles têm lidado com essas questões em primeira mão, buscando equilibrar a segurança dos dados com a confiança do usuário.

Mantendo os Dados Seguros e o KYC

Uma característica marcante da abordagem da AdTech Holding, especialmente em seus projetos de redes de anúncios, é o compromisso firme com um procedimento robusto de KYC (Conheça seu Cliente). O KYC não é apenas uma obrigação regulatória, é também um símbolo de confiabilidade para a AdTech Holding.

Para aqueles que não estão familiarizados, o procedimento de KYC envolve um processo sistemático em que as redes de anúncios verificam a identidade de seus clientes, garantindo a segurança de ambas as partes em suas interações. Esse processo, embora essencial, requer a coleta de determinadas informações do cliente. Como, então, as empresas podem garantir que esses dados sensíveis permaneçam protegidos?

Dicas para um Procedimento de KYC Robusto

  • Armazenamento Seguro de Dados: Incorpore bancos de dados seguros de terceiros para verificar os detalhes do cliente em relação aos documentos enviados. Una isso aos sistemas internos para uma revisão abrangente.
  • Acesso Restrito: Informação é poder, e nem todos devem tê-la. Garanta que os dados do cliente, especialmente os detalhes de pagamento e dados pessoais, sejam acessíveis apenas para quem precisa saber. Normalmente, apenas os gerentes de conformidade devem ter esse privilégio.
  • Transparência é Fundamental: Os clientes devem entender o “porquê” por trás da coleta de dados. Articule claramente as razões por trás do procedimento de KYC e sua importância na manutenção de uma rede segura.
  • Processos Simplificados: Use automação sempre que possível, garantindo que o processo de KYC seja seguro e amigável para o usuário.
  • Limite a Coleta de Dados: Colete apenas o essencial. Certifique-se dos dados pessoais mínimos necessários para uma verificação eficiente do KYC e mantenha-se nesse limite, a menos que surja uma exceção.

Nas palavras de Farukh Rakhimov, Chefe de Conformidade e Segurança da Informação na AdTech Holding, “o KYC está aqui para ficar. Empresas de AdTech e MarTech estão empenhadas em aprimorar fluxos de trabalho. Embora os clientes estejam ansiosos para se envolverem com organizações seguras, eles se sentem confortáveis em fornecer informações mínimas. Eles também precisam de garantias de que seus dados estão exclusivamente em mãos confiáveis.”

Mas o KYC não é a única área em que a coleta de dados ocorre. As redes de anúncios também acumulam dados relacionados a estatísticas de campanhas, logins de contas e muito mais. Essas informações, igualmente importantes, exigem a mesma proteção.

Protegendo Dados Adicionais do Cliente:

  • Discrição na Retenção de Dados: Armazene apenas o necessário e garanta o descarte adequado de dados redundantes ou desatualizados.
  • Utilize Automação e Backup: Implemente sistemas que automatizem a coleta e o armazenamento de dados e tenham disposições para backups seguros.

Ao seguir essas estratégias, as empresas podem fortalecer suas defesas, garantindo que tanto os dados do KYC quanto as informações adicionais do cliente permaneçam seguros.

Anúncios Personalizados e Iniciativas do Google

Olhando por trás dos bastidores, a análise de dados nos projetos da AdTech Holding não se concentra apenas nos clientes diretos. É sobre o vasto oceano de membros da audiência que clicam, visualizam e interagem com os anúncios. E não, as redes de anúncios não estão secretamente guardando informações pessoais dos clientes. No entanto, elas ficam de olho em como os usuários interagem com os anúncios.

Imagine bilhões de impressões de anúncios, cada uma contando sua própria história. Mas isso também significa que as redes de anúncios têm uma grande responsabilidade – proteger a privacidade desses usuários. Vamos falar sobre como os projetos da AdTech Holding, como o PropellerAds, abordam isso diante das recentes mudanças no cenário digital.

Antes um pouco negligente em relação à privacidade do usuário, o Google intensificou seus esforços, graças à tendência focada em privacidade iniciada pela Apple. Hoje, a gigante da tecnologia está totalmente comprometida em proteger os dados do usuário, reestruturando o jogo da publicidade programática.

Então, sobre o que se trata toda essa agitação? Para começar:

1. Futuro sem Cookies? Talvez Não.

Lembra-se do alvoroço quando o Google mencionou a possibilidade de eliminar cookies de terceiros? Compreensivelmente, dado que muitas plataformas de anúncios utilizam esses cookies como sua principal ferramenta de segmentação. Aqui está o resumo:

  • Um usuário que visita um site recebe um ID único de um cookie de terceiros, que então os rastreia em diferentes sites, resultando nos anúncios familiares que parecem “seguir” os usuários.
  • Com as mudanças do Google, essa dança de cookies encontrará um obstáculo, pelo menos no Chrome e navegadores relacionados.

Mas isso é o fim da linha para o rastreamento de marketing digital? Não realmente.

Muitos dentro da indústria não estão se preocupando muito com essa mudança. Alguns estudos até mostram que muitas marcas acreditam que o redirecionamento funcionará tão bem, mesmo sem esses cookies. Além disso, alternativas como cookies de primeira parte, direcionamento de público e anúncios contextuais abrem novos caminhos para o rastreamento do usuário.

2. Repensando os Agentes do Usuário

Um “Agente do Usuário” pode parecer super tecnológico, mas é apenas o ID do navegador e sistema operacional do usuário. Os anunciantes adoram porque isso ajuda a segmentar os usuários com base em seu dispositivo ou SO. Mas, com a versão mais recente do Chrome, há uma nova reviravolta. Em vez do modo usual, os sites agora obterão essas informações por meio de uma solicitação de API, tornando o processo um pouco mais seguro.

Embora seja uma pequena mudança na forma como as coisas são feitas, a mudança se trata de valorizar a privacidade do usuário sem abrir mão do direcionamento eficaz de anúncios.

3. Manifest V3: Fim do AdBlock?

Imagine uma atualização que possa atrapalhar as extensões de bloqueio de anúncios, alterando como elas funcionam. Isso é o Manifest V3 para você. A conversa sugere que é um movimento em direção a uma melhor segurança. A consequência direta? Um aumento potencial na visibilidade de anúncios para usuários de desktop resulta em mais impressões e cliques.

Mas antes de comemorarmos, é necessário um pouco de contexto. Os bloqueadores de anúncios afetam principalmente os desktops – uma fatia cada vez menor do bolo, com os dispositivos móveis liderando. Além disso, mesmo que isso limite os bloqueadores de anúncios tradicionais, é bom ficar alerta. Sempre há a possibilidade de futuras atualizações ou até mesmo o Google introduzindo sua própria solução de bloqueio de anúncios.

Equilíbrio: Privacidade do Usuário e Personalização de Anúncios

Construindo com base no que já discutimos, Alex Tomaili, Diretor de Tecnologia da AdTech Holding, oferece uma perspectiva esclarecedora.

Resumindo, ele disse:

“É principalmente sobre como você formula a pergunta. No marketing digital, temos dois lados: um anunciante que precisa exibir anúncios para usuários que provavelmente converterão e usuários que não desejam que sua privacidade seja abusada. Portanto, se determinarmos nosso objetivo como mostrar o anúncio mais relevante para cada usuário específico, o problema é evidente: é difícil fazer isso sem uma grande quantidade de dados do usuário. As tendências atuais provavelmente não permitirão esse nível de personalização do usuário. No entanto, se reformulamos a pergunta e consideramos como fornecer a cada anunciante os usuários mais relevantes, descobrimos que o problema não é tão grave assim.”

Levando as palavras de Alex em consideração, aqui está um esboço rápido para alcançar o equilíbrio perfeito:

  • Pense Internamente: Esqueça soluções de terceiros. Conte com seus próprios recursos. Desenvolver capacidades internas significa ter mais controle e menos dependência.
  • Público-alvo em vez de Cookies: Escolher públicos-alvo é uma abordagem mais inteligente e menos intrusiva em comparação com cookies de terceiros. Trata-se de focar na multidão certa, não apenas em qualquer multidão.
  • Mantenha a Curiosidade, Mantenha a Ética: Esteja sempre atento a métodos alternativos. Explore técnicas de rastreamento ético que respeitem a privacidade e ainda ofereçam resultados.

Ao mudar a perspectiva e focar em conectar anunciantes aos usuários certos, e não o contrário, fica mais claro como podemos evoluir de forma a respeitar tanto as preocupações com a privacidade quanto a necessidade de publicidade eficaz.

Em Resumo

A segurança é grande notícia nos dias de hoje. Apple e Google estão liderando a charge, priorizando a privacidade do usuário. Para as empresas, a tarefa é clara: manter os dados do cliente seguros e usá-los de forma inteligente para anúncios. Isso significa usar ferramentas como KYC para construir confiança, armazenar apenas dados essenciais e ser transparente com os clientes.

Na frente dos anúncios, o Google está abalando as coisas ao se afastar de cookies de terceiros, ajustando como os dados do usuário são acessados e potencialmente afetando os bloqueadores de anúncios.

A principal lição? Tudo se resume a encontrar o equilíbrio certo.

Ao focar em conectar anunciantes aos usuários certos e não o contrário, você pode manter a privacidade sob controle e ainda criar anúncios que atinjam o alvo.

Crédito da imagem em destaque: Gráficos fornecidos pelo autor; Obrigado.