Oficial da UE defende regulamentação equilibrada da IA

EU official advocates balanced regulation of AI

Věra Jourová, a vice-presidente da Comissão Europeia para valores e transparência, alertou contra a regulação excessiva da inteligência artificial generativa. Em uma entrevista ao Financial Times, ela enfatizou que as novas regras de IA da União Europeia não devem surgir de temores “distópicos”, pois isso pode limitar a inovação.

Jourová, uma figura-chave por trás da lei de IA da UE, disse ao FT: “Não deve haver paranoia na avaliação dos riscos da IA. Sempre tem que ser uma análise sólida dos possíveis riscos”. Ela acrescentou ainda que as tecnologias devem ser rotuladas como de alto risco com base em evidências, e não em meras especulações.

A UE está moldando ativamente as regras de IA, enquanto países como os EUA e a China elaboram as suas próprias. Curiosamente, o Reino Unido planeja uma cúpula global de IA no próximo mês.

Equilibrando inovação e regulação

À medida que a UE finaliza sua lei de IA, crescem as preocupações com o uso indevido da IA. Empresas e alguns membros do Parlamento Europeu estão preocupados com o potencial da IA de criar deep fakes ou violar as leis de direitos autorais.

O Parlamento Europeu sugere responsabilizar os criadores de modelos de base, como aqueles por trás do ChatGPT. Esses desenvolvedores podem ter que revelar o conteúdo gerado por IA e resumir os dados protegidos por direitos autorais que eles usam.

Brando Benifei, um negociador do Parlamento, acredita que uma abordagem baseada apenas em princípios é insuficiente. No entanto, associações comerciais como a Associação de Indústria de Computação e Comunicações com base nos EUA alertam contra a inibição da inovação com regras rigorosas.

Jourová planeja defender o modelo de IA da UE em um fórum de IA do G7 em Kyoto. Ela vê a posição da UE como estabelecendo padrões globais, especialmente em comparação com a China, um país que ela vê com desconfiança.

Por fim, Jose Fernandez, o subsecretário dos EUA para crescimento econômico, energia e meio ambiente, destaca os possíveis riscos e benefícios da IA. Ele ressalta a necessidade de colaboração entre os EUA e a UE para aproveitar o poder positivo da IA.