A Ascensão dos Robôs Humanoides em Startups de Robótica Separando a Histeria da Realidade

Se sua startup de robótica está buscando financiamento, há quase 100% de certeza de que você será questionado por potenciais investidores sobre duas questões 1) Como você está integrando a IA generativa? e 2) Você já pensou em desenvolver um androide?

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Robôs humanoides ainda são recebidos com dúvida no Modex.

Se você está na indústria de robótica e busca garantir financiamento, há duas perguntas que provavelmente serão feitas por investidores em potencial: 1) Como você está incorporando a IA generativa? e 2) Você considerou construir um androide? A resposta para a primeira pergunta é relativamente simples. No mundo atual da robótica, é quase certo que você tenha experimentado com IA generativa de alguma forma. Mas é a segunda pergunta que pode ser um pouco complicada de navegar.

Ao se deparar com a pergunta se sua startup de robótica está considerando construir um androide, você pode ser tentado a dar uma resposta evasiva, como, “os androides têm potencial, mas não são adequados para este desafio em particular.” Você pode até distraí-los balançando um jogo de chaves e mudando rapidamente de assunto. Esta resposta não é uma rejeição completa do formato de androide, mas sim um reconhecimento de que, apesar da empolgação dos investidores, pode não ser a solução perfeita para todas as tarefas.

É razoável suspeitar que atingimos o pico do ciclo de empolgação com robôs. A recente captação de US$ 675 milhões pela Figure, por exemplo, deixou muitos na indústria se perguntando sobre a sustentabilidade a longo prazo desse mercado. E se você participou da feira de cadeia de suprimentos Modex em Atlanta esta semana, teria notado a ausência conspicua de androides. Dos três enormes pavilhões no Georgia World Congress Center, havia apenas dois robôs humanoides presentes, sendo o Agility o mais proeminente.

O Agility atraiu multidões durante toda a semana, exibindo o Digit, seu robô androide, com mãos aprimoradas, novo software e um fluxo de trabalho desenvolvido especificamente para manufatura automotiva. Eles fizeram um progresso significativo desde o evento do ano passado, desde melhorias no produto até a expansão de sua equipe executiva e envolvimento em conversas sérias sobre ROI. Eles estão atualmente liderando o mercado em termos de progresso para entrarem no mercado, mas questões permanecem sobre a implantação no mundo real.

Muitas pessoas com quem conversei no evento enfatizaram a importância de distinguir entre implantações piloto em pequena escala e adoção em larga escala. Programas piloto são uma prática padrão nesta indústria, permitindo que empresas testem novas tecnologias em configurações limitadas antes de se comprometerem com a implementação em larga escala. Enquanto os pilotos são essenciais para rastrear e sinalizar marcos importantes para startups, é crucial entender que os números de implantação são o verdadeiro indicador de sucesso.

Vale ressaltar que alguns players da indústria permanecem céticos sobre a adoção generalizada de robôs humanoides no local de trabalho. No entanto, parece que esse ceticismo está suavizando à medida que empresas como o Agility fazem avanços tecnológicos significativos, atraem interesse dos clientes, garantem financiamento e contratam pessoas talentosas. Em vez de rejeitar completamente o formato de androide, muitas pessoas agora veem um papel para os androides na fábrica como complementando em vez de substituir os sistemas tradicionais de único propósito.

Esses androides serviriam especificamente para complementar os sistemas “human-in-the-loop,” nos quais a intervenção não mecânica é necessária. Em vez de eliminar empregos, a automação nesses cenários melhoraria a confiabilidade e a produtividade em geral. Embora seja cedo para discutir sobre “humanoides-in-the-loop,” está claro que o elemento humano ainda é necessário. Isso desafia a noção de que a automação substitui completamente o envolvimento humano.

A manufatura, em particular, é bem adequada para automação total devido a seus fluxos de trabalho altamente estruturados e repetitivos. No entanto, mesmo em fábricas sem luz, haverá sempre casos excepcionais que exigirão intervenção humana. Essas situações, que atualmente dependem da intervenção humana, poderiam ser o cenário perfeito para robôs humanoides, operando de forma autônoma ou teleoperada, conforme demonstrado pelo Reflex, outra empresa de robótica androide presente no Modex.

O cronograma para uma implantação mais ampla de robôs humanoides é um fator crítico. Embora esses robôs muitas vezes sejam anunciados como “de propósito geral,” é importante reconhecer que alcançar esse nível de versatilidade ainda está em andamento. A pergunta então se torna, como os robôs humanoides podem provar seu valor no interim? É aí que os programas piloto desempenham um papel crucial, permitindo às empresas demonstrar o retorno sobre o investimento (ROI) desde o início.

Empresas de robótica androide podem fazer promessas sobre o futuro, e a flexibilidade de seu formato os diferencia de muitos sistemas de único propósito que dominam atualmente os andares de fábricas e armazéns. No entanto, para preencher a lacuna entre o presente e o futuro, esses sistemas precisam oferecer valor imediato. Por isso, testar suas capacidades por meio de programas piloto e enfatizar o ROI são estratégias essenciais para o sucesso.

Em conclusão, embora a empolgação em torno dos robôs humanoides em startups de robótica seja inegável, é importante separar a empolgação da realidade. Os robôs humanoides, sem dúvida, têm seu lugar na indústria, mas sua adoção será gradual e focada. Os sistemas “human-in-the-loop” se beneficiarão da complementação oferecida por esses robôs, mas o envolvimento humano continua essencial. O sucesso da robótica androide dependerá, em última instância, de provar seu valor imediato e garantir uma transição suave para fábricas e armazéns sem luz.

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Perguntas Frequentes:

P: Os robôs humanoides estão substituindo outras formas de automação, como braços robóticos e robôs móveis autônomos?

R: Existe ceticismo entre os players da indústria em relação à adoção generalizada de robôs humanoides como substitutos de outras formas de automação. Embora o formato humanoide tenha suas vantagens, como adaptabilidade e versatilidade, atualmente é visto como um complemento, e não uma substituição direta, para tecnologias de automação existentes, como braços robóticos e robôs móveis autônomos.

P: Como os programas piloto beneficiam tanto as empresas de robótica quanto os potenciais clientes?

R: Os programas piloto funcionam como testes que permitem às empresas de robótica demonstrar as capacidades e o valor de seus produtos para potenciais clientes. Esses programas oferecem uma oportunidade para as empresas receberem validação e feedback de corporações bem estabelecidas. Por outro lado, as empresas envolvidas sinalizam seu compromisso em adotar novas tecnologias, o que pode conferir-lhes uma vantagem competitiva no mercado. Embora os programas piloto sejam marcos importantes, a medida final de sucesso está nos números de implantação.

P: A automação eliminará completamente o envolvimento humano na fabricação e armazenagem?

R: Muitos fabricantes acreditam que os humanos sempre terão um papel a desempenhar na fabricação e armazenagem. Embora a automação tenha provado melhorar significativamente a eficiência e a produtividade, ainda existem situações que requerem intervenção humana. Casos específicos, atualmente tratados por humanos, poderiam ser o cenário ideal para os robôs humanoides preencherem a lacuna. Portanto, é improvável que ocorra uma eliminação completa do envolvimento humano, mas sim uma colaboração entre humanos e robôs em ambientes altamente automatizados.

P: Como as fábricas sem luzes se encaixam no futuro da automação?

R: Fábricas sem luzes se referem a instalações de fabricação que operam sem presença humana, contando exclusivamente com a automação. Embora as fábricas sem luzes ainda não sejam amplamente difundidas, existem em algumas indústrias. A fabricação, com seus fluxos de trabalho estruturados e repetitivos, é particularmente adequada para a automação completa. No entanto, mesmo em fábricas sem luzes, pode haver casos específicos que requerem intervenção humana. Os robôs humanoides podem desempenhar um papel crucial na automatização dessas situações excepcionais, mas a tecnologia ainda precisa ser refinada antes que a adoção generalizada se torne viável.

Referências:

  1. BMW to Deploy Figures’ Humanoid Robot in South Carolina Plant – TechCrunch
  2. Agility Robotics: New CEO Focused on Now – TechCrunch
  3. The Loneliness of the Robotic Humanoid – TechCrunch
  4. Reflex Robotics’ Wheeled Humanoid is Here to Grab You a Snack – TechCrunch